Amor platônico é coisa de poeta



Amor platônico é coisa de poeta,
Nunca vi coisa tão certa.
A gente faz pra viver.
Dói, sangra e desconcerta,
mas nunca vi coisa tão útil
pra inspirar a escrever.

Menti agora, me perdoem.
Mas quer escrever com depois?
Ame alguém e você vai ver.
Ah, a quem queremos enganar!
Para um poeta mesmo sem amar,
o melhor, ainda é escrever.

Ser feliz sem doer, é possível,
mas apenas para quem lê,
pois nossas dores constantes,
descrevem corações pulsantes
e com o dom de escrever.

Publicar não é o fim,
alcançar outros corações amantes, 
é pra isso por fim
que aqui estamos e avante
sentimos dores constantes. 
E começamos a escrever.

Qual o último verso?
Eu nunca sei ao certo,
mas mudamos manias e 
inventamos durante os dias,
desculpas para escrever.
Tristezas ou alegrias,
o importante todavia,
será mostrar pra você.

Esse código rimado,
sentimento expurgado, 
mas que precisava nascer.
O escrever do poeta é de amor
e não é.

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