Mas eu não quero que acabe



Tentei outro título, mas não deu. Esse encaixou com uma grande verdade e realidade, talvez bem longe da sua, mas que é minha e tão minha que me assusta. Assusta sim, pelo simples fato de ser minha. Afinal, cada um sabe de si e do quanto a vida é real, cada anseio, cada situação, eu sendo eu e você sendo você...

E cada realidade é única, só quem prova cada segundo de cada dia vai saber de fato o peso dela. Em meio a angústias causadas principalmente por nós mesmos, os dilemas que rodeiam insistem em aparecer e mostrar que não apenas as angústias fazem parte. Queria estar falando de encerramento de ciclos, mas quanto a isso tenho tantas convicções...

Bom, acabei de ler um texto sobre "saudade" e me identifiquei com algumas coisas, mas me emocionei em uma parte... pareceu que uma certa frase tinha saído de mim, dos meus dias e dos meus pensamentos. Você sabe o que é saudade e realmente sabe lidar com ela? Eu não tenho dificuldade de ir embora, não sou presa a lugares físicos e lido muito bem com a partida. Mas isso é quando sou eu quem está indo, não que quando outras pessoas vão eu fico super triste e desesperada, mas é mais fácil dar o meu tchau do que receber o tchau de alguém.

Mas acredita que até agora eu só te enrolei? Vamos voltar ao título, por favor.
A verdade é que eu não quero precisar sentir saudade, porque eu realmente prefiro que "as coisas" nunca acabem. Mas quase tudo acaba e eu já disse que não estava falando sobre encerramento de ciclos, ou seja, não estou falando de coisas que tem prazo para acabar como faculdades, cursos ou morar 15 anos em um bairro e ter que se mudar para ter uma vida melhor. Estou falando de gente.

Amizades inseparáveis chegam ao fim, quantos amigos você já teve na vida? Durante a escola, na faculdade... mas podemos ver principalmente quando crescemos que o início e o fim de cada uma delas era necessário. Tudo tem seu tempo para acontecer debaixo do céu, mas e quando é essa coisa de amor? Não que amizade não seja amor, mas esse negócio de namorar alguém...
Então acompanhe o meu dilema: o texto que eu li dizia, "(...) pois, a gente só abre o coração dos outros quando abrimos os nossos. Sim, os nossos", e ponto final começou o dilema. Quase fiz uma equação quando pensei: como vou abrir meu coração? Tem que abrir? E se eu não abrir? E se alguém tiver com o coração aberto, vai abrir o meu e eu não terei como de defender? Pode rir, estou fazendo isso agora mesmo.

Nesse caso, o dilema é simples, se é que é possível sê-lo: não quero precisar sentir saudade do meu amor. Quero olhar pra frente e pra trás e não ver nenhuma possibilidade de fim, porque eu não quero que acabe. Eu não quero sentir saudades, porque não precisa ter fim. Como é querer que algo que você não tem, não chegue ao fim? Assim!





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